Pesquisa* mostra que quase metade dos profissionais negros não sente acolhimento no trabalho.
Fala-se muito sobre a importância da diversidade nas organizações e sobre o aumento dos programas de diversidade nos últimos anos; em ter times com perfis diversos, lideranças negras. Porém, pesquisas nos mostram que a contratação de profissionais negros por si só não é suficiente.
Todo profissional deseja se sentir bem em seu ambiente profissional. Infelizmente, não é o que acontece com quase metade dos profissionais negros.
Para que a diversidade ocorra de fato, não basta ter ações de recrutamento para aumentar a diversidade racial. É preciso investir no combate ao racismo e no desenvolvimento das pessoas.
Quando a discriminação não vem de forma explícita
A pesquisa mostrou que 60% dos profissionais entrevistados já sentiram discriminação racial no ambiente de trabalho e quase 47% afirmou já ter presenciado cenas de discriminação.
Já ouviu falar em racismo recreativo?
O racismo é um crime que pode ser cometido de várias formas. Uma delas é por meio de piadas que usam estereótipos do cabelo afro, traços e outros fenótipos negros para produzir um humor hostil. A isto se dá o nome de racismo recreativo. Ainda muito comum dentro das organizações, naquela roda de conversa entre colegas, e que no dia a dia gera desconforto em muitos profissionais negros.
Ainda nesta mesma pesquisa, 53% dos profissionais apontaram a necessidade do envolvimento das lideranças nos comitês de diversidade.
Fazemos questão de frisar, sempre que possível, sobre a importância de desenvolver uma cultura da diversidade, com ações de sensibilização de todo o time, incluindo suas lideranças.
O programa de diversidade não deve terminar no momento da contratação. É preciso olhar e agir a longo prazo. Medidas efetivas de combate a discriminação racial e ao racismo precisam fazer parte da cultura organizacional da empresa.
Pautas de diversidade não podem ser uma mera moda de marketing, precisam ser levadas a sério pelas empresas, como um compromisso ético.
Confira uma atividade conjunta realizada sobre o Pilar Raça e Etnia, em uma live com nosso cliente Bem Promotora, tendo como convidados Jefferson Borges e Pablo Silva Prado do Movimento Aya, com facilitação da nossa consultora Marcia Gonçalves.
*A pesquisa foi elaborada e conduzida pelo Indeed, em parceria com o Instituto Guetto, com 245 profissionais negros no Brasil. As entrevistas foram realizadas por meio de um painel online em março de 2021.
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